É no outono que a Terra começa a entrar em dormência para o inverno, que findam as colheitas, que os ventos frios levam as folhas secas e onde nosso coração compreende a necessidade de reflexão e meditação. Na Roda Medicinal dos índios norte americanos, o Outono corresponde à direção Oeste, representado pela cor preta (da escuridão, mistérios, interiorização e morte) e pelo espírito sagrado do urso, o mais sábio animal da floresta. O urso representa os poderes de hibernação, onde nos recolhemos durante este período para nos conectarmos cm a sabedoria interior adquirida com as experiências de vida obtidas durante o ano anterior.
Muitas culturas nativas da antiga Europa celebravam o final da colheita e o sacrifício do deus da natureza, que começava sua descida ao mundo dos mortos após os últimos grãos serem colhidos, para então renascer no solstício de inverno. Este período conhecido como Mabon entre os antigos celtas, marcava o tempo de culto aos ancestrais e às divindades da terra e da colheita. Os indígenas brasileiros marcavam este período como o início da estiagem para a seca do inverno, ou seja, o final do período de chuvas e colheita. O tempo do Outono é ideal para desapegar daquilo que não nos serve mais, para meditarmos sobre nossa jornada e naquilo que buscamos renovar.
Realize limpezas em seu espaço sagrado, doe aquilo que não te serve mais e busque um descanso da mente e do coração, mesmo em meio à correria da vida moderna. Invoque o espírito do urso para curar aqueles aspectos dentro de você que precisam ser revistos, e chame pelos seus ancestrais para lhe concederem a sabedoria necessária para trilhar seu caminho espiritual.
Ahow!!
Veja mais artigos