A maioria das pessoas sempre associou o Xamanismo como sendo a espiritualidade dos índios Norte-americanos. Na verdade, ele é um fenômeno encontrado em todas as culturas nativas do mundo, com suas primeiras manifestações datadas de mais de 20.000 anos, quando nossos primeiros ancestrais humanos que deixaram seus registros nas cavernas.
Nessas pinturas rupestres, são representadas pela primeira vez seres sobrenaturais, meio homens, meio animais, que nada mais são do que registros das visões e viagens espirituais dos primeiros xamãs. O termo Xamanismo surgiu no começo do século XX, cunhado por antropólogos que estudaram as manifestações espirituais dos povos siberianos, no Norte da Rússia, e da Mongólia. Entre os povos tungus da Sibéria, este sacerdote com poderes sobrenaturais e capacidade de curar doenças da alma, era chamado de shaman, que quer dizer "aquele que controla o fogo".
Mesmo não sendo um termo indígena, a palavra Xamanismo passou a designar toda esta estrutura de conhecimento, ele é encontrado no mundo todo entre a espiritualidade dos povos nativos da Europa, América, Austrália, Ásia e África. Cada um destes povos têm suas palavras para designar seus sacerdotes tribais, a exemplo dos pajés na Amazônia e os Medicine Man entre os índios norte-americanos.
O Xamanismo tem como base a atuação do xamã como um elo ou ponte entre o mundo material (consciência ordinária) e o mundo espiritual (supra-consciência). Através de técnicas ancestrais como sons sagrados, danças, cânticos, meditação estática e ingestão de plantas de poder, o xamã acessa o fluxo universal buscando a cura para o males do corpo e do espírito.