Desde os primórdios da Humanidade o tambor tem sido um dos principais sons a ecoar por quase todas as tradições nativas do mundo. Estudos apontam sua origem há milhares de anos, após o final do último período glacial, sendo a voz humana o primeiro instrumento musical, seguido pela percussão e instrumentos de sopro feito com ossos ocos de animais. O tambor é indissociável das tradições xamânicas siberianas, representando o cavalo ou rena montada pelos xamãs feiticeiro da tundra em busca do contato com os deuses e na busca das almas perdidas. Ao som do seu toque, o xamã se transporta para mundos fantásticos em um transe extático, cavalgando o animal guardião contido dentro de seu tambor, através da grande Árvore Cósmica.
Este sagrado instrumento também pode ser encontrado nas tradições africanas, norte-americana, inuítes e andinas, como veículo de danças, comemorações e transe. Sua constante batida altera a percepção do mundo à volta, mergulhando-nos em uma dimensão profunda de êxtase e contato com o Eu Divino. Pesquisas científicas de biofeedback e ondas cerebrais comprovaram a ação do tambor como instrumento de expansão da Consciência, devido a alteração das ondas cerebrais, intensificando os estados Alfa e Delta, estados das ondas cerebrais onde acontecem maior parte das curas internas e sonhos lúcidos. Que o tambor continue a ressoar pelos quatro cantos do mundo, por todas as Direções, nos lembrando de nossa conexão com a Mãe Terra e nossas origens. Que os ancestrais cantem suas vozes através do couro do tambor, seja no Xamanismo, nas religiões de matriz Africana ou nas festas populares.
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