Chamado de petynguá ( petenguá ) dentro da tradição Guarani, o cachimbo pessoal é um instrumento de conexão com o Sagrado presente em todos os momentos do dia a dia deste povo. Através do ato de pitar o cachimbo ao logo do dia, o índio medita, reflete, e envia suas orações e rezos ao Criador ( Nanderú ), cujas palavras sobem aos céus através de sua fumaça sagrada. É costume, todas as manhãs, os adultos e idosos fumigarem a cabeça das crianças com a fumaça do petynguá para dar força, abençoar e afastar os males. O pajé também costuma a utilizar um versão feita de cerâmica do mesmo cachimbo dentro das casas de reza ( opy ), em seus rituais de cura, danças e batismos.

O petynguá, tradicionalmente feito com madeira de nó de araucária, uma árvore extremamente resistente e dura, é esculpido de modo que o fornilho ( parte onde é colocado o tabaco ) represente a alma ( angá ), o princípio feminino e gerador. O tubo por onde a fumaça é aspirada representa o Pai, o princípio masculino, e a união de ambos gera o filho que é a fumaça sagrada ( tatatingá ), que sobe levando as orações ao Criador.

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